quarta-feira, 20 de junho de 2012

Semântica dos conectivos







Texto  I

Tudo Menos Amor

Martinho da Vila

Tudo que quiseres
te darei, ó flor
menos meu amor.
Darei carinho
se tiveres a necessidade
e peço a deus para lhe dar
muita felicidade.
Infelizmente,
só não posso ter-te
para mim
coisas da vida
é mesmo assim.
Embora saiba
que me tens tão grande adoração
eu sigo a ordem
e essa é dada por meu coração.
Neste romance,
existem lances sensacionais
mas te dar o meu amor, jamais.
A gente ama verdadeiramente
uma vez,
outras são puras fantasias.
Digo com nitidez.
Mais uma história de linguagens
sensíveis e reais.
O que quiseres.
Mas, o meu amor, jamais
tudo que quiseres.



1) Muitas canções brasileiras tratam de amor. O texto acima aborda essa temática de maneira convencional? Relacione sua resposta com o título da canção.


2) Levando em consideração que a segunda pessoa do discurso representa, no ato de comunicação, a pessoa com quem se fala, e que podemos identificá-la através de pronomes, verbos e vocativos, retire do texto duas marcas de interlocução que comprovem esse diálogo.


3) A construção de sentido na canção é fortemente marcada pela presença dos conectivos. Diga o valor e explique o uso do conectivo grifado:
“Darei carinho se tiveres a necessidade”

4) Levando em consideração que podemos construir o valor de oposição tanto com conectivos adversativos (mas, porém, contudo, entretanto etc) como com conectivos concessivos (embora, ainda que etc), justifique o uso do “embora” na letra a e o uso do “mas” na letra b.
a) “Embora saiba que me tens tão grande adoração, eu sigo a ordem e essa é dada por meu coração”
b) “Neste romance, existem lances sensacionais, mas te dar o meu amor, jamais.”


5) Dê o valor semântico das preposições em destaque:
a) só não posso ter-te para mim 
b) e essa é dada por meu coração.


Texto II
“Minha saúde não é de ferro
Mas meus nervos são de aço
Prá pedir silêncio eu berro
Prá fazer barulho
Eu mesma faço
Ou não!...”
Rita lee -  Jardins da babilônia

6) O trecho da canção de Rita Lee apresenta um conector em negrito. Dê o seu valor semântico e justifique seu emprego explicando a relação estabelecida entre a saúde e os nervos do eu-lírico.


Texto III

Se os duetos não se encontram mais
E os solos perderam a emoção
Se acabou o gás
Para cantar o mais simples refrão
Se a gente nota
Que uma só nota
Já nos esgota
O show perde a razão
Mas iremos achar o tom
Um acorde com lindo som
E fazer com que fique bom
Outra vez o nosso cantar
E a gente vai ser feliz
Olha nós outra vez no ar
O show tem que continuar


7)  A canção acima “O show tem que continuar”, Fundo de Quintal, apresenta alguns conectivos em negrito. Assinale a opção que apresenta seus respectivos valores:
a) consequência, adição, finalidade, oposição, companhia.
b) condição, oposição, consequência, adição, companhia.
c) explicação, oposição, destino, concessão, conteúdo.
d) condição, adição, finalidade, oposição, conteúdo.

Texto IV
“Quando a gente ama,
A gente fica meio bobo,
É normal, eu sei
Mas esse é meu momento,
Vou usar o meu talento,
Pra me declarar
Tudo pra te impressionar
Se liga que o pretinho quer te conquistar
Se eu te der carinho você vai gostar”

Buquê de Flores  - Thiaguinho


8) Levando em consideração que  “pra” é a forma coloquial para a preposição “para”, diga se o valor semântico é o mesmo nas duas ocorrências que aparecem no trecho da canção acima. Justifique sua resposta.

9) O termo “se” aparece nos dois últimos versos do trecho acima. Levando em consideração que eles apresentam funções e valores distintos, retire o verso em que se trata de um conectivo e dê seu valor semântico.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Exercícios Texto Argumentativo


O texto argumentativo – Exercícios I
Geralmente, quando tratamos da dissertação, nosso foco é apenas em textos não-literários. Ou seja, nos editoriais, nas redações de enem, nas cartas dos leitores. Nesses textos, a preocupação está em convencer um leitor  de um ponto de vista, e, para atingir esse seu objetivo maior, o autor se preocupa com a clareza, a coesão e a objetividade. Como vemos nas aula de redação.
Porém, sabemos que a necessidade de convencer o outro extrapola esses textos formais e aparece nas conversas do dia-a-dia, nos capítulos da novela, nas propagandas e também nas canções. Ou seja, a todo momento o ser humano impõe suas vontades e sofre a imposição da vontade de outro; uns mais, outros menos, dependendo da posição social em que se encontram.
É claro que o objetivo maior da música, que também é arte, extrapola a narração, a argumentação, a descrição, principalmente se levarmos em conta que a canção é um texto que não se prende à coesão, à coerência e à objetividades formais. Assim, é muito mais difícil a análise da canção nesse sentido. Mas a vida é feita de música e de desafios. Mãos à obra!

Texto I

O Que É, O Que É?

(Gonzaguinha)

Eu fico
Com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita...
Viver!
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz...
Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita...
E a vida!
E a vida o que é?
Diga lá, meu irmão
Ela é a batida
De um coração
Ela é uma doce ilusão
Hê! Hô!...
E a vida
Ela é maravilha
Ou é sofrimento?
Ela é alegria
Ou lamento?
O que é? O que é?
Meu irmão...
Há quem fale
Que a vida da gente
É um nada no mundo
É uma gota, é um tempo
Que nem dá um segundo...
Há quem fale
Que é um divino
Mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor...
Você diz que é luta e prazer
Ele diz que a vida é viver
Ela diz que melhor é morrer
Pois amada não é
E o verbo é sofrer...
Eu só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé
Somos nós que fazemos a vida
Como der, ou puder, ou quiser...
Sempre desejada
Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte...
E a pergunta roda
E a cabeça agita
Eu fico com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita...
1) A canção trata de uma questão subjetiva e que invade constantemente nossos pensamentos: o que é a vida? Para discutir o assunto, o eu-lírico apresenta uma opinião que não é apenas sua, mas também das crianças. Diante do assunto e do contexto, você acha que a opinião das crianças pode ser considerada um argumento de autoridade? Justifique.
2) Além de sua própria opinião sobre a vida, o eu-lírico apresenta outras opiniões – dentre elas uma bastante negativa, da qual posteriormente ele irá se distanciar. Retire do texto essa opinião e o verso em que ele a nega.
3) O eu-lírico sempre se apresenta ao longo da canção muito confiante em relação à vida, enxergando-a de forma muito positiva. Assim, reflita a que ou a quem se refere o termo “moça” nos versos seguintes. Justifique sua resposta.
“Eu só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé
Somos nós que fazemos a vida
Como der, ou puder, ou quiser...”

4) Se você estivesse diante do questionamento do eu-lírico, em uma situação formal, que tese você apresentaria sobre o tema proposto? Desenvolva pelo menos um argumento que comprove sua opinião.

Texto II

Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Como os nossos pais...
Nossos ídolos
Ainda são os mesmos
E as aparências
Não enganam não
Você diz que depois deles
Não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer
Que eu tô por fora
Ou então
Que eu tô inventando...
Mas é você
Que ama o passado
E que não vê
É você
Que ama o passado
E que não vê
Que o novo sempre vem...
Como nossos pais (Belchior)


5) Identifique a tese defendida no fragmento acima. E retire um exemplo que o eu-lírico utiliza para comprovar essa opinião.
6) Sublinhe as teses nos fragmentos abaixo. Em seguida, desenvolva-a em uma frase completa, evitando as figuras de linguagem, buscando a coesão, a coerência e a objetividade.
a) Desde os primórdios
Até hoje em dia
O homem ainda faz
O que o macaco fazia
Eu não trabalhava
Eu não sabia
Que o homem criava
E também destruía...

Homem Primata (Titãs)

b)Quem espera que a vida
Seja feita de ilusão
Pode até ficar maluco
Ou morrer na solidão
É preciso ter cuidado
Pra mais tarde não sofrer

 


 

 

É Preciso Saber Viver(Titãs)


c) “Dinheiro na mão é vendaval
É vendaval
Na vida de um sonhador
De um sonhador
Quanta gente aí se engana
E cai da cama
Com toda a ilusão que sonhou
E a grandeza se desfaz
Quando a solidão é mais
Alguém já falou
Mas é preciso viver
E viver não é brincadeira não
Quando o jeito é se virar
Cada um trata de si
Irmão desconhece irmão
E aí dinheiro na mão é vendaval
Dinheiro na mão é solução
E solidão”

Pecado Capital (Paulinho da Viola)

quarta-feira, 28 de março de 2012

Questões comentas do Cap. 8 Modificadores

As mesmas questões se encontram na página 95 do livro (Módulo I)
Questões comentadas retiradas de http://www.revista.vestibular.uerj.br
Encontradas pela tutora Samara. Obrigada!

(UERJ/2012 – 1º Exame de Qualificação) As palavras classificadas como advérbios agregam
noções diversas aos termos a que se ligam na frase, demarcando posições, relativizando ou
reforçando sentidos, por exemplo.

O advérbio destacado é empregado para relativizar o sentido da palavra a que se refere em:
(A) utilizá-las em história presumivelmente verdadeira? (l. 8-9)
(B) Certamente me irão fazer falta, (l. 17)
(C) Afirmarei que sejam absolutamente exatas? (l. 25)
(D) desenterrarmos pacientemente as condições que a determinaram. (l. 36-37)
Alternativa correta: (A)

Comentário da questão: Quando se diz que um advérbio pode relativizar o sentido do termo a que se liga, quer se dizer que o termo não pode ser tomado em sentido absoluto, mas apenas em sentido relativo a determinada circunstância. No caso, o advérbio "presumivelmente", em "utilizá-las em história presumivelmente verdadeira?", de fato relativiza o sentido do adjetivo "verdadeira": a história não é absolutamente verdadeira, mas verdadeira apenas em relação ao que presume quem a conta, isto é, de que deve ser verdadeira.


(UERJ/2010 – 1º Exame de Qualificação) Se são eles que vêm até aqui, não há dúvida de que são muito mais desenvolvidos do que nós (l. 16)
O vocábulo que melhor representa o sentido da expressão sublinhada é:
(A) certamente
(B) provavelmente
(C) prioritariamente
(D) fundamentalmente
Alternativa correta: (A)

Comentário da questão:
A expressão grifada tem por objetivo apresentar uma conclusão inequívoca do autor para a
condição enunciada anteriormente, e o vocábulo que melhor expressa esse sentido pretendido
é "certamente".

(UERJ/2010 – 1º Exame de Qualificação) Claro, ao abrirmos a possibilidade de que vida
extraterrestre inteligente exista, (l. 22)
No fragmento acima, o vocábulo claro projeta uma opinião do autor do texto sobre o que vai ser
dito em seguida.
Outro exemplo em que a palavra ou expressão sublinhada cumpre função semelhante é:
(A) Desde então, ideias sobre a pluralidade dos mundos têm ocupado (l. 4)
(B) Por mais de 40 anos, cientistas vasculham os céus (l. 28)
(C) Infelizmente, até agora nada foi encontrado. (l. 29)
(D) Nesse caso, quão diferentes seriam dos deuses (l. 38)
Alternativa correta: (C)

Comentário da questão:
Modalizadores são palavras ou expressões que projetam um ponto de vista do enunciador
acerca do que está sendo enunciado, revelando diferentes intenções comunicativas. Com o uso
de "infelizmente", por exemplo, fica clara a expectativa do autor de que fosse encontrado sinal de
vida extraterrena, assim como a frustração dessa expectativa.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Tipos Textuais

Exercícios de fixação - interpretação e tipos textuais

Texto I



Samba do Grande Amor - Chico Buarque

Tinha cá pra mim
Que agora sim
Eu vivia enfim
O grande amor
Mentira

Me atirei assim
De trampolim
Fui até o fim um amador
Passava um verão
A água e pão
Dava o meu quinhão
Pro grande amor
Mentira
Eu botava a mão
No fogo então
Com meu coração de fiador

Hoje eu tenho apenas
Uma pedra no meu peito
Exijo respeito
Não sou mais um sonhador
Chego a mudar de calçada
Quando aparece uma flor
E dou risada do grande amor
Mentira

Fui muito fiel
Comprei anel
Botei no papel
O grande amor
Mentira
Reservei hotel
Sarapatel
E lua de mel
Em Salvador
Fui rezar na Sé
Pra São José
Que eu levava fé
No grande amor
Mentira
Fiz promessa até
Pra Oxumaré
De subir a pé o Redentor

Hoje eu tenho apenas
Uma pedra no meu peito
Exijo respeito
Não sou mais um sonhador
Chego a mudar de calçada
Quando aparece uma flor
E dou risada do grande amor
Mentira

In: http://www.chicobuarque.com.br/

1) Podemos perceber na canção há momentos temporais distintos: um em que o eu-lírico parece otimista e outro em que ele parece pessimista em relação ao amor. Retire dois trechos que comprovem essa afirmativa.

2) A descrição muitas vezes ajuda a contar uma história, retire da canção um verso descritivo.

3) Justifique a repetição da palavra “Mentira”.

Obs: Pensar na entonação como é cantada essa palavra pode colaborar para sua interpretação.

4) No contexto da canção, podemos substituir em ambos os versos a palavra amador por sonhador e vice-versa? Justifique.

5) Das canções abaixo, identifique o tipo textual predominante.

a) “Sou Ana do dique e das docas
Da compra, da venda, das trocas de pernas
Dos braços, das bocas, do lixo, dos bichos, das fichas
Sou Ana das loucas
Até amanhã
Sou Ana
Da cama, da cana, fulana, sacana
Sou Ana de Amsterdam”

Ana de Amsterdam (Chico Buarque)

b) “Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga
Tenha, morre, gaste e viva”

Admirável chip novo (Pitty)

c) “Fez amigos, frequentava a Asa Norte
E ia pra festa de rock, pra se libertar
Mas de repente
Sob uma má influência dos boyzinho da cidade
Começou a roubar.”

Faroeste Cabloco (Legião urbana)

d) “A força peso sempre está

Atuando, para baixo

Força normal só existe em corpo

Apoiado e é perpendicular à superfície.

Se tiver fio puxando tem a tensão saindo

Do corpo e na mesma direção do fio

Força de atrito pode estar para

qualquer lado.”

Música sobre leis de Newton (Pachecão)

In: http://www.vestibular1.com.br/turbinando/tub_leisnewton.htm

e) “Eu tava pensativo então fui num pagodinho,
Pra te encontrar.
Peguei meu cavaquinho e fiz um samba bonitinho,
Pra te ver sambar.”

Buquê de flores - Thiaguinho

segunda-feira, 12 de março de 2012

Modificadores: adjetivos e advérbios II

Pessoal,

O material abaixo foi feito pela tutora Carolina Gaio, do Polo Angra dos Reis. Aproveitem!

OS MODIFICADORES: ADJETIVOS E ADVÉRBIOS

1. Adjetivos

O adjetivo é a classe gramatical responsável por conferir uma característica, modificação ou restrição a um substantivo; observe:

Eu tenho uma bolsa.
Eu tenho uma bolsa bonita.
Eu tenho uma bolsa de cor amarela.

Note que, na primeira sentença, não há nada dito sobre como a bolsa é, o ouvinte (leitor) entende que o falante tem uma bolsa, mas não tem nenhuma informação que permita visualizá-la, ou seja, caracterizá-la. Na segunda sentença, o adjetivo bonita confere um dado sobre o substantivo bolsa. Já na terceira sentença, também aparece um elemento de caracterização, que diz como a bolsa é, porém não é um adjetivo, mas uma locução adjetiva.

~> A função de caracterizar é a mesma, o que muda é a forma: bonita é um adjetivo, de cor amarela é uma locução adjetiva.

Há uma equivalência entre os adjetivos e as locuções adjetivas. Veja

Dor de estômago = Dor gástrica
Período da tarde = Período vespertino
Conselho de pai = Conselho paterno

Note ainda que, se é dito “bolsa amarela”, o ouvinte tem em mente um modelo específico de bolsa, porém, se é dito “bolsa bonita”, este julgamento subjetivo impede que o ouvinte imagine a bolsa, ou pelo menos faz com que ele imagine sem fidelidade à bolsa real.

Assim, entendemos a diferença entre adjetivo objetivo e adjetivo subjetivo. No caso do adjetivo objetivo, não há juízo de valor: ele expressa uma característica objetiva, claramente expressa e que será dita por qualquer pessoa que veja a bolsa. Por outro lado, o adjetivo subjetivo é uma opinião do falante a respeito da bolsa - o que é bonito para um, pode ser feio para outro.

Exemplos de adjetivos objetivos:

Borboleta amarela, mulher burguesa,

Exemplos de adjetivos subjetivos:

Menina feia, sabor agradável, matéria confusa.

2. Advérbios

O advérbio é a classe gramatical responsável por conferir uma CIRCUNSTÂNCIA. Principalmente a um verbo, podendo se referir também a um adjetivo, um outro advérbio ou a toda a sentença. Está na sentença para conferir uma circunstância; observe:

Ana trabalha demais. (advérbio demais conferindo circunstância ao verbo trabalha)
O trabalho da Ana é chato demais. (advérbio demais conferindo circunstância ao adjetivo chato)
Ana trabalha absolutamente demais. (advérbio demais conferindo circunstância ao advérbio absolutamente)

Além de os advérbios se referirem a um termo específico na frase (verbo, adjetivo ou advérbio), ele pode também se referir a toda a frase. Neste caso, ele é usado para expressar uma opinião de quem fala a respeito do que é dito. Veja

Vencemos o jogo, obviamente.
Inesperadamente, perdemos a partida ontem.

Note que no segundo exemplo, o advérbio inesperadamente modifica toda a sentença, inclusive o advérbio ontem, presente na frase.

3. A categoria dos modificadores

Adjetivos e advérbios também são chamados de MODIFICADORES, pois os adjetivos qualificando e os advérbios conferindo uma circunstância modificam o sentido original das palavras a que se referem.

A diferença entre estas duas classes se dará, portanto, em relação ao termo modificado. O adjetivo SEMPRE se refere a um substantivo, enquanto o advérbio, pode se referir a um verbo, a um adjetivo, a um outro advérbio ou até mesmo à sentença inteira, como visto anteriormente.

EXERCÍCIOS

1. Em que casos a palavra destacada não tem valor de adjetivo? Explique
a) Um branco, velho, pedia esmolas.
b) Um velho, branco, pedia esmolas.
c) Era um dia cinzento.
d) O sabão usado desbotou o verde da camisa.
e) Os viajantes dormiam tranquilos.

2. Quais as opções contêm locução adjetiva? Explique
a) Esta é a torneira de água fria.
c) Este quadro é muito feio.
d) A bicicleta dela é anglo-saxônica.

3. Explique a diferença entre os termos destacados:
a) Ela anda cansado.
b) Ela anda cansada.

4. Só não há advérbio em:
a) Não o quero.
b) Ali está o material.
c) Tudo está correto.
d) Talvez ele fale.
e) Já cheguei.

5. Identifique a que termos os advérbios abaixo se referem e qual a circunstância que conferem:
a) Mal cheguei estou saindo.
b) Ela era bem bonita.
c) Ela anda muito naturalmente.
d) Ela anda muito, naturalmente.
e)Ela não viria, óbvio, eu disse.

Semana que vem, colocarei o Gabarito Comentado desse exercício, feito pela própria tutora Carolina, aqui nos comentários.

BONS ESTUDOS!!!



quinta-feira, 8 de março de 2012

Modificadores: adjetivos e advérbios.


Era Uma Brincadeira / Sonhos

Peninha

Tudo era apenas uma brincadeira
e foi crescendo, crescendo me absorvendo
e de repente eu me vi assim completamente seu
vi a minha força amarrada no teu passo
vi que sem você não tem caminho eu não me acho
Vi um grande amor gritar dentro de mim como eu sonhei um dia

Quando o meu mundo era mais mundo e todo mundo admitia
Uma mudança muito estranha, mais pureza, mais carinho, mais calma, mais alegria
No meu jeito de me dar

Quando a canção se fez mais forte, mais sentida
Quando a poesia realmente fez folia em minha vida
Você veio me contar dessa paixão inesperada por outra pessoa

Mas não tem revolta não
Eu só quero que você se encontre
Ter saudade até que é bom
é melhor que caminhar vazio
A esperança é um dom que eu tenho em mim (eu tenho sim)

Não tem desespero, não
Você me ensinou milhões de coisas
Tem um sonho em minhas mãos
Amanhã será um novo dia
Certamente eu vou ser mais feliz

1. A canção acima é organizada em dois momentos: antes e depois da amante falar da paixão inesperada por outra pessoa. Analise os dois momentos e discuta como o eu-lírico encara a desilusão amorosa.

2. Indique qual o sentido da repetição da palavra “crescendo” no segundo verso.

3. Em “Você veio me contar dessa paixão inesperada por outra pessoa”, o termo em destaque cumpre função de adjetivo. Indique qual o substantivo que ele modifica.

4. No verso, “Uma mudança muito estranha”, há dois modificadores, identifique suas classes e que palavras eles modificam.

5. “Certamente eu vou ser mais feliz”.

No verso acima, substitua o termo em destaque por outro equivalente, em seguida indique qual o termo que ele modifica.

6. Na canção Fugidinha de Michel Teló, há o seguinte verso “Logo agora que eu fiquei legal”. Observe que “legal” na oração modifica um verbo. Substitua o termo legal por outro equivalente e em seguida construa uma frase em que “legal” funcione como adjetivo.

7. Na canção Ai se eu te pego de Michel Teló, há no verso “E passou a menina mais linda” dois modificadores. Identifique-os, diga a qual classe de palavras pertencem e indique quais termos modificam.